Nem tanto ao mar, Nem tanto à terra
Esta nova rubrica dá a conhecer vivências, saberes e quotidianos de quem vive ou trabalha neste concelho e que passam por atividades ligadas ao mar ou à terra, alimentando a ideia de complementaridade e fluidez que sempre houve entre a costa e o campo.
Através de alguns excertos de filmagens, "Nem tanto ao Mar, nem tanto à Terra", traz-nos semanalmente retratos de algumas atividades e de pessoas que ilustram essa realidade.
Natural de Tavira, onde nasceu a 5 de janeiro de 1924, viveu em Montemor-o-Novo até 1944, altura em que se mudou para Portimão onde fez da marcenaria o seu ofício e onde abraçou a causa associativa, através de diversas colaborações com as coletividades de Portimão.
Gostaríamos de iniciar esta rubrica, com uma singela homenagem ao Sr. Virgílio Costa (1956-2021), que nos deixou recentemente e a quem somos gratos não apenas pelos seus ensinamentos acerca do vime e da cestaria, mas igualmente pelo carinho com que nos “adotou” ao longo dos anos, através das várias colaborações que teve com o Museu, passando a fazer parte desta família.
Os nossos sentidos pêsames à D. Maria de Fátima, restante família e amigos.
Lucília Nunes | Alcofa em empreita
Mário dos Mártires | Baile da Pinha
A sua abertura e sentido de entrega à causa pública levou a que generosamente acolhesse igualmente o projeto do museu e os seus técnicos que tantas vezes procuraram no Sr. Mário a partilha de conhecimentos e de histórias.
Um desses episódios coincidiu com um projeto que o Museu de Portimão desenvolveu em 2015 relacionado com a Páscoa e os seus costumes a nível local. O Sr. Mário deu-nos a conhecer um pouco da história do Baile da Pinha em Portimão e ajudou-nos a transformar esses conhecimentos numa bonita atividade que foi levada a cabo com os mais novos, durante as férias da Páscoa.
Aqui fica um cheirinho desse trabalho, em jeito de agradecimento e de reconhecimento pelo legado que nos deixa.
Virgílio Costa | A poda do vimeiro e o vime na cestaria