Salva Vidas Alvor

Inaugurado a 16 de dezembro, o Centro Interpretativo do Salva-vidas de Alvor é um equipamento cultural resultante das obras de reabilitação do edifício emblemático da Estação do Instituto de Socorros a Náufragos de Alvor e é um projeto da Câmara Municipal de Portimão, através do Museu, com a colaboração da Junta de Freguesia de Alvor, no sentido da criação de um núcleo museológico dedicado à história do salva-vidas “Alvor”, também recuperado, ambos em íntima relação com a comunidade piscatória da vila, suas vivências e saberes.

O Centro Interpretativo do Salva-vidas de Alvor, contou com o apoio do CRESC Algarve 2020 – Programa Operacional Regional do Algarve, através do PADRE – Plano de Ação de Desenvolvimento de Recursos Endógenos.

Reabilitar a memória coletiva de Alvor
Um dos principais pontos de interesse do centro interpretativo, que constituirá um forte ponto de atração turística também na época baixa, é o antigo barco salva-vidas “Alvor”, de grande importância para os pescadores da terra desde que entrou em funcionamento no ano de 1933, tendo beneficiado recentemente de profunda recuperação, por iniciativa do Município de Portimão.

Um conceito
A estação do Instituto de Socorros a Náufragos (1933-1983) e o barco salva-vidas “Alvor” são representados como um símbolo local da proteção dos pescadores e da luta da vida no mar. Através da história deste “lugar de memória” e dos episódios das saídas do salva-vidas à barra, desvendam-se também os quotidianos de homens e mulheres que vivem da pesca, desde a altura em que, com barcos a remos e à vela, orientados pela estrela norte, se faziam à sorte num mar imprevisível, até aos percursos e desafios atuais que esta atividade enfrenta.

Alvor é uma terra de tradição marítima e piscatória que esteve desde sempre sujeita aos infortúnios da faina e do mar.

A valorização das atividades piscatórias tradicionais são uma aposta importante na tentativa de preservar um património sociocultural valioso. Alvor tradicionalmente terra de pescadores e mariscadores, mantêm, ainda, nos dias de hoje um núcleo significativo de atividades ligadas ao mar e à ria, que lhe conferem apesar da predominância da atividade turística, um cunho próprio, que urge salvaguardar e promover.

Este equipamento tem uma vertente local mais virada para os residentes na perspetiva de se criar um espaço de homenagem à população e aos heróis locais, mas também terá uma vertente exterior apresentando aos turistas nacionais e estrangeiros que visitam Alvor um património social, ambiental e cultural que eles por vezes desconhecem.

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